quarta-feira, 16 de dezembro de 2009

Paulistas de Lins

De vez em quando, minha mania de inventar personagens para que eu possa encher
um papel em branco com um amontoado de letras volta.
Dessa vez não foi diferente...


Seu sotaque não engana, é paulista nato.
Seu jeito dispensa comentários.
Ele articula, olha, disfarça... Sempre achando que não estão olhando.


“Hey mocinha, você sabe onde tem um lugar legal por aqui?”


E lá vamos nós outra vez...


Geralmente, depois de cinco minutos de cansativas explicações que nunca dão certo, a conversa acaba.
Geralmente, Mas não sempre.


Cinco minutos, Dez, Quinze, Vinte e Cinco... Pausa para o cigarro.


A conversa retoma, coisas incríveis podemos ouvir em uma mesa de bar.
Isso faz com que a gente não tenha vontade de ir embora. Argumentamos, Questionamos, Opinamos, Tudo em uma bela sintonia inofensiva e alcoólatra.


Somos revolucionários, rebeldes com a causa já perdida.
Somos estudantes, mas nosso futuro é incerto.
Moramos longe de nossos pais, dividimos o único quarto da casa.
Confiamos em desconhecidos, chegamos em casa no horário do trabalho.


Somos jovens, queremos viver com intensidade.
Quem se atreve a nos reprimir?


“Uma dose, só para acompanhar a cerveja” ela diz


O sereno toma conta do começo da manhã.


“Quem está com fome?”


TODOS


A noite acaba, tomamos um café da manhã totalmente irregular. Mas quem está ligando?
Nosso metabolismo ainda é forte, o organismo agüenta... É o que queremos acreditar.

Noite Agradável...
Improvável, confusa, porém... Foi uma das melhores.

terça-feira, 1 de dezembro de 2009

Pontos e Vírgulas


Não pela metade, não por inteiro
Preso,
Lembranças doloridas, nostalgia infernal
Em dois,
Tempos que passei, voarei para longe

No alto, lá no alto ele descança... Procura pela peça perdida
Um dia a mais na vida do miserável homem rico
Pesado é o fardo que carrega procura-te, se encontre...

Volte para casa

Tortura,
Estamos bem, somos ótimos na arte do disfarçe...
Procura viver melhor. Escreve errado, parece bonito.
Louca, atordoada, ela te acorda no meio da noite fria.
Sem espaço para sofrimento ela se corta,

grita,

suspira,

deita,

delira,

adormeçe,

amanheçe...

Faz sentido,
Convencido de que está bem? Feche os olhos... Sente?

Ahhhh, já estamos bem....